Monday, May 28, 2007

por quê diabos tem o ser humano a mania de querer institucionalizar todo e qualquer aspecto da sua vida?
por quê precisamos criar regras e definições estanques, inclusive para sentimentos? a própria conceituação dessas coisas soa, para mim, desnecessária

por quê é que se diz que só se ama verdadeiramente uma vez, ou que se você tem uma "personalidade" de tal jeito, assim você será para sempre, e tem que aceitar isso?
quem pensa assim mal criou regras para a sua própria existência, e já está preso a elas; já estabeleceu conceitos e vive sobre e para eles, e isso faz com que o ciclo nunca termine, concretizando assim as pressuposições que criou (ou absorveu) e impôs a si mesmo.

apesar da aparente indignação, o objetivo não é criticar ou desmerecer, mas, sim, provocar.
proponho que nós, seres humanos supostamente racionais, usemos nossa suposta capacidade intelectual para, individualmente, nos perguntarmos eventualmente qual é a validade da institucionalização que elegemos para reger algum ou todos os aspectos da nossa vida.

3 comments:

M. Fróes said...

Pois é... é complicado... talvez isso venha da necessidade, típica do ser humano, de buscar explicar e planificar tudo.
Mas, quanto a amar uma vez, por exemplo, Neruda disse isso de forma poética. Talvez a gente possa ver isso em outras palavras, pra facilitar. Concorda comigo que sentimento não é algo absoluto, não é? Amor não se mede em números, mas em intensidade, aliás, sente-se, não se mede. Jamais amamos alguém na mesma intensidade que amamos outra pessoa, cada um tem uma balança própria, que diz o peso da intensidade. Entende o que quero dizer? Lógico que terá uma pessoa que irá sugar um amor de você que ninguém mais conseguirá superar. Então, você não amará uma pessoa exclusivamente, mas terá uma que não será superada. Entende?

eu said...

pois é... e de todas as questões, você escolheu logo falar da mais simples e ao mesmo tempo mais complicada! :P

indefinível, imensurável e inclassificável é isso que chamamos de amor, que é totalmente diferente de paixão.

concordo sim em parte com o que vc falou. só não compartilho com vc a idéia de que o amor é sugado. acho que a paixão sim é sugada, já o amor para mim é sugerido, implícito, plácido... fora isso, assino embaixo!

M. Fróes said...

mas "sugado" foi só um termo de auxílio... vc entendeu.