Sunday, July 09, 2006

filosofia de bar

Outro dia li em algum lugar alguém dizer que a vida seria menos traumática e melhor vivida se acontecesse de trás pra frente: nós surgiríamos já velhos, passaríamos pela fase adulta, adolescência, infância, e finalmente terminaríamos nossa vida dormindo no confortável útero de nossas mães...
Bem, é claro que esse processo teria suas vantagens, como por exemplo não teriamos de enfrentar o decaimento do corpo (em todos os aspectos) durante o envelhecimento, nem pensar nem qual poderia ser a forma menos traumática para se morrer de 'velhice', pois no final estaríamos todos 'padecendo' aconchegados flutuando em uma bolsa de 'água' morninha. Mas será que essas angústias são maiores do que as de saber o tempo exato em que a vida vai terminar?
Talvez seria realmente melhor vivida porque se soubessemos exatamente quando vai acabar, provavelmente aproveitaríamos com mais intensidade. Eu percebo que muitas pessoas vivem como se fossem imortais, não pensam que um dia vão morrer, e por isso deixam passar momentos que poderíam valer por uma vida inteira, por acharem que têm 'todo o tempo do mundo'.

Eu acho que prefiro a maneira existente mesmo.






Isso me lembrou uma reflexão que tive e discuti ontem com meus companheiros do mundo coralístico no churrasco.
"momento conversas filosóficas pós-cachaça"


Ora, o ser humano nasce, cresce, se reproduz, envelhece e morre, certo??
Desses processos, qual deles é o único que não é natural, quer dizer, qual é o único que não é inerente ao corpo, que para que aconteça é preciso que corramos atrás??
... exatamente.
Logo, o sentido da vida é...

O ser humano é uma das únicas espécies (se não for a única) que depois passada a fase do ápice da maturidade sexual, continua vivo por muitos anos, mesmo sendo considerado lixo para a natureza.

Às vezes ela pode ser bem cruel, essa natureza...

1 comment:

Cristiano Contreiras said...

Ah, para mim nada melhor seria que viver na PURA ETERNIDADE.

Não sei lidar ainda com a morte ou velhice.